A Expo Favela 2025 foi mais do que uma feira de negócios, foi um palco de inovação, pertencimento e potência periférica. E quem viveu essa energia de perto foram as Embaixadoras da Empreende Aí, que participaram do evento como representantes, comunicadoras e agentes de inspiração. Nesta matéria, reunimos os relatos de Daniela Sabrina, Nara Menon, Geralda Flora e Paloma Triz, mulheres que vivem e transformam suas quebradas todos os dias, e que agora também ampliam seus territórios como vozes do empreendedorismo popular.
A periferia brilha com beleza e propósito
“Participar do evento foi como ver a quebrada brilhar com estrutura, beleza e propósito. Tudo estava impecável, um padrão elevadíssimo de organização, estética e conceito. Não foi apenas uma feira: foi um espetáculo”, relata Daniela Sabrina, empreendedora, mentora de negócios e embaixadora Empreende Aí. Para ela, a Expo revelou um empreendedorismo sério e consciente, com empreendedores que transformam necessidade em potência e que chegam com clareza, pitch afiado e muita vontade de crescer. A presença da Empreende Aí no evento foi um diferencial em sua atuação: “Estar ali como embaixadora abriu portas. Me senti parte de algo maior, conectada com uma rede que forma, inspira e impulsiona” enfatiza a embaixadora.
Pertencimento, emoção e representatividade
A experiência de Nara Menon, também foi marcada por emoções intensas e conexões reais. “Sabe aquela pessoa empreendedora que se sente sozinha? Então, a vivência da Expo traz a percepção de que tem muitas outras pessoas que lutaram muito e vieram de lugares como você”, reflete a Embaixadora, residente de Itaquera, zona leste de São Paulo. Ela se emocionou especialmente ao reencontrar a chef Gema, imigrante e ex-participante do curso da Empreende Aí: “Eles me acolheram quando eu não sabia nem falar. Com muito carinho me guiaram para eu estar aqui hoje”, contou a chef em um relato que comoveu Nara. O momento reforçou o quanto a Empreende Aí transforma trajetórias e permite que mulheres periféricas ocupem novos espaços. “Foi meu primeiro desafio como embaixadora Empreende Aí. Fui com a cara e coragem, saí da minha zona de conforto e me surpreendi. Me senti importante, sendo praticamente repórter por um dia”, brinca Nara. Para ela, a feira mostrou que o empreendedorismo popular é sobrevivência, inovação e, acima de tudo, um ato de resistência.
Inspiração para compartilhar com a periferia
Já Geralda Flora, teve seu primeiro contato com o evento neste ano. “Esse evento me fez entender que os empreendedores de quebrada são super organizados e sabem bem o que querem”, compartilhou a Embaixadora, residente da zona Norte de São Paulo. Uma das falas que mais a marcaram veio de KondZilla, produtor e empresário, que falou sobre o desejo da quebrada de se vestir bem, de mostrar conquistas. “Eu me vi naquela fala”, confessa Geralda. “Quando era criança, queria ter o que as outras meninas tinham, e hoje entendo o quanto isso moldou minha vontade de vencer”, conta a empreendedora.
Transformação coletiva
Para Paloma Triz, a Expo foi um marco. “Desde o ano passado eu ouvia falar, mas não tinha noção do impacto dessa feira. Foi a primeira vez que me senti pertencente a um espaço com tanta gente parecida comigo. Foi um marco importante na minha trajetória como empreendedora”, conta Paloma, impactada com a nova experiência. A Embaixadora também conta que se emocionou em diversas falas, como as de MV Bill, rapper carioca, Daiane dos Santos, ginasta brasileira, e Giovanna Heliodoro, historiadora,, comunicadora e afrotransfeminista. “ a Daiane falou: ‘O que estamos fazendo hoje pelos nossos?’ Isso veio como um sopro de realidade.” Ela Também destacou a fala de Giovanna sobre criatividade em meio à escassez: “Quando temos poucos recursos, nossa criatividade voa longe.”, relembra Paloma. Além disso, ela encontrou empreendedores do Capão Redondo, sua quebrada, o que a fez se sentir ainda mais representada.
Um convite à inspiração e ao futuro
Cada uma dessas Embaixadoras levou algo único da Expo Favela. Daniela se conectou com estratégias sustentáveis e inovação. Nara reencontrou histórias que a emocionaram e reafirmaram seu propósito. Geralda entendeu o valor da autoimagem e do estudo como ferramenta de transformação. Paloma sentiu na pele o pertencimento e a força do coletivo. Mais do que relatos, essas experiências revelam o impacto concreto que eventos como a Expo Favela têm na vida das pessoas empreendedoras das periferias. Como diz Paloma em sua reflexão final: “eventos como esses são verdadeiros divisores de águas. Eles quebram a invisibilidade e mostram que nas quebradas existe um potencial empreendedor imenso”.
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